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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sobre o tempo e a amizade



Por: Everton Pereira
Em: Butiá Notícias (10-11/06/2011)

Foi com o advento da ressurreição que a traição de Judas a Cristo obteve significado e por isso mesmo Jesus já havia o perdoado. Não fosse Judas, a profecia da morte e ressurreição do Salvador, base da fé cristã, não teria se concretizado. Já eu, não tenho a mínima pretensão de santidade e por isso não perdôo traidores e oportunistas. Mas agradeço de coração àqueles que supervalorizaram e distorceram um fato (já esclarecido por mim semana passada neste jornal e na frente de todos os acusadores) com a finalidade (fracassada) de denegrir minha imagem e meu trabalho. Agradeço por que foi devido a este ocorrido que pude perceber quantas pessoas tenho ao meu lado. Pessoas que conhecem a mim e ao meu caráter, que admiram e torcem pelo nosso trabalho ao lado do Governo Municipal como Secretário de Agricultura e Proteção ao Meio Ambiente. Confesso que me surpreendi. Não tinha ideia do alcance que tudo que já fiz possuía. Por isso que agradeço aos meus acusadores. Foi graças a eles que através de telefonemas, torpedos, e-mails, intervenções na rádio local, conversas pelas ruas e até em visitas a minha casa pude perceber que tenho muitos, mas muitos amigos. Amigos que chegaram até mim para prestar solidariedade e dizer que sabem quem eu sou. Obrigado a vocês que me acusaram injustamente e distorceram os fatos, só assim pude ver tudo isso e me tornar ainda mais forte e confiante que estou no caminho certo. E obrigado é claro a todos amigos e amigas que com suas palavras fizeram o fardo da injustiça pesar menos.

Falo aqui em amizade e também sobre o tempo. O tempo que mostra a verdade e o sentido das coisas e a amizade que dá força. Aproveito para homenagear e lembrar, de maneira solidária, a perda de dois jovens e aguerridos produtores rurais que infelizmente tivemos nesta última semana. Falo da Noeli que se foi com apenas 36 anos deixando um marido e duas filhas. Falo também do Sidi, que no auge dos 21 anos, deixou precocemente um pai que se orgulhava dele, uma mãe, irmãos e muitos amigos. Ambos produtores rurais que tive o honra de conhecer. Acompanhando seus trabalhos e ajudando quando possível. Como me disse um amigo no velório de um deles: “Deus escolhe os melhores para estar com Ele”. Esta é a única explicação que vejo para o que ocorreu. Porque nós por aqui precisávamos muito do trabalho e da presença destes dois grandes guerreiros no campo. Que estejam em paz! Quanto às famílias, só o tempo para amenizar a perda e fazer da dor do presente a força do futuro.

Finalizo esta coluna atípica, parabenizando meus amigos e companheiros do recém fundado Sindicato dos Motoristas, pelo ato da última segunda-feira, onde de forma brava e corajosa, mostramos a que viemos. Para lutar pelos trabalhadores e pelo respeito a seus direitos. Citando o nome do Cristiano, o “Biro-Biro” e do Márcio, o “Paçoca”, os dois lesados neste processo, parabenizo a todos os construtores do Sindicarbo. E digo meus companheiros, que a união demonstrada por vocês na segunda-feira me encheu de orgulho e provou que valeu a pena tudo que juntos estamos passando nesta luta. Eles mal sabem que estamos apenas começando...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Motoristas, uni-vos!



Por: EVERTON PEREIRA

Em uma mesa cheia de comida. Em uma casa em construção. Na roupa a venda na loja, no remédio da farmácia e no carvão que faz a luz. Por trás de tudo isso tem um motorista. Tudo que chega a nossas mãos. Na rua que nossos pés pisam, deixou sua marca um caminhoneiro. No papel deste jornal, na madeira do galpão, em tudo tem o ronco de um caminhão. É só olhar e ver. É só pensar e concluir. Nada, absolutamente nada cai do céu. Nada brota do chão que não sejam árvores, água e mato. Tudo o que de humano temos, tudo o que de humano construímos, fabricamos ou ganhamos chega até nós sobre rodas, na boléia de um caminhão. A encomenda da internet. O alimento colhido pelo agricultor. O livro que nos mostra o mundo. A carta de amor. Tudo chega na carroceria de um caminhão.

E se tão importante cada motorista, cada caminhoneiro é, por que poucos se dão conta? Como o professor que educa o doutor para depois ganhar bem menos que ele, o motorista carrega o tijolo que faz a mansão e volta pra sua modesta casa para tomar um chimarrão. É hora de mudar. É momento de união. União não só entre os motoristas - entre aqueles que com a direção na mão vão fazendo seu caminho. União com seus irmãos e colegas operadores. Com o borracheiro e o mecânico que deixam o caminhão pronto pra pegar a estrada. União dos motoristas com os operadores dos equipamentos agrícolas, que colhem a comida que depois eles transportam. União entre o caminhoneiro e seu colega, também trabalhador, que roda a folha de pagamento no escritório da firma e tira a nota da mercadoria. É hora de união! União dos motoristas! Mais do que união dos motoristas, união dos trabalhadores que de alguma forma, ajudam a transportar as riquezas do Brasil.

Uma caminhada se inicia. E a união é o caminho. O caminho para tornar um sonho de décadas, realidade. O sonho chamado Sindicato dos Motoristas, o Sindicarbo. Sindicato dos Motoristas, Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Carbonífera, este é o nome da obra que a centenas de mãos (as mesmas mãos que seguram a direção) iremos construir. Um sindicato forte. Que represente os mais de mil motoristas que só em Butiá residem. Que garanta os direitos dos mais de quatro mil caminhoneiros de toda a região. Um sindicato que não exista só para cobrar o imposto sindical, mas que esteja aqui, diante dos nossos olhos, dando amparo e oferecendo lazer, amizade e companheirismo. Não um sindicato distante, pelego, que não se sabe nem onde fica e que só serve para perpetuar a exploração através da omissão. Um sindicato que respeite o patrão, mas que lute até o fim ao lado do trabalhador.

Amigos motoristas, uni-vos! Só a união levará ao sucesso. O medo, a covardia e a desunião só servirão para manter tudo como está. Tudo como sempre foi. Os milhares de motoristas de Butiá e região merecem um sindicato aqui e agora. É hora de fazer o Sindicarbo sair da teoria, da vontade e virar realidade. Nesta luta, todos vocês têm em mim um parceiro, um companheiro. Vamos em frente que este é o caminho. O caminho da dignidade, da união que fortalecerá cada vez mais aqueles que trazem na carroceria tudo que de bom este país produz... E uma fração desta riqueza é direito seu, é direito nosso!

A importância dos motoristas para o desenvolvimento



Por: EVERTON PEREIRA

Devido a vocação de Butiá e região para o cultivo de florestas exóticas e a mineração de carvão, uma das categorias profissionais que mais cresceu nas últimas décadas, impulsionada pela expansão destas atividades econômicas, somada a existência do Aterro Sanitário da SIL em Minas do Leão, foi a de motorista. Somente em Butiá, ligados a cadeia produtiva da silvicultura e da extração do carvão mineral, são mais de mil motoristas. Na Região Carbonífera, considerando também os motoristas autônomos e aqueles ligados ao transporte de outras mercadorias que não a madeira e o carvão, o número de caminhoneiros ultrapassa os quatro mil. Se considerarmos os trabalhadores necessários para manter estes caminhões nas estradas e os motoristas dirigindo, como borracheiros, mecânicos e profissionais administrativos das empresas de transporte, este número aumenta consideravelmente. Tanto na atividade carvoeira, quanto no plantio e corte das florestas de eucalipto, acácia e pinus, podemos incluir como viabilizadores do trabalho dos motoristas, seu auxiliares e também operadores de máquinas, de empilhadeiras e tratoristas. Da mesma forma na crescente produção de soja e arroz, o número de condutores de equipamentos para execução de trabalho agrícola cresce consideravelmente em toda a região.

Com uma média salarial de R$ 2 mil por indivíduo, os motoristas (não considerando aqui os outros profissionais já citados) contribuem com seus salários para aquecer a economia e o comércio de Butiá com mais de R$ 2 milhões mensais. Na região este valor ultrapassa os R$ 5 milhões. Mas além de operadores, mecânicos, borracheiros e trabalhadores administrativos, a chamada “cadeia produtiva do caminhão” envolve também profissionais ligados aos Centros de Formação de Condutores (CFC) e os respectivos impostos pagos por estas entidades. Somente em Butiá, o CFC Modelo em nove anos de atuação já concedeu 2.600 carteiras de habilitação das categorias profissionais C, D e E - com uma média de 24 carteiras profissionais mensais. Além de já ter contribuído através de impostos sobre prestação de serviços (ISS) com mais de R$ 200 mil para os cofres municipais. Em uma cidade e região com forte vocação caminhoneira como a nossa, a existência de um CFC é estratégico para a qualificação e profissionalização da categoria.

Dito isto, não nos resta dúvida da importância da categoria dos motoristas e dos trabalhadores nas empresas de transporte para fazer girar a roda do desenvolvimento econômico e social da Região Carbonífera. Mas uma lacuna, um débito social ainda persiste para contemplar este setor que é estratégico para fazer chegar a nós a comida e as mercadorias vindas de todo o Brasil: um sindicato. Para reconhecer a importância dos motoristas e dar maior dignidade a estes bravos trabalhadores do asfalto, falta a criação de um sindicato regional que represente verdadeiramente seus interesses. Um sindicato que defenda os trabalhadores e seus familiares. Que esteja presente! Um sindicato que possa cobrar dos patrões e do poder público melhores condições de trabalho, como, por exemplo, a falta de local adequado para estacionar os veículos. Um sindicato como este que está prestes a nascer e que terei o orgulho de fazer parte do “parto”. Convido todos os motoristas e trabalhadores das empresas de transporte para juntos fazermos história. Para juntos criarmos o SINDICARBO. Nos vemos todos em Butiá, na próxima sexta-feira dia 27 as 19:30h. Boa luta e sucesso!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PARTICIPE!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Motoristas se mobilizam para fundar sindicato da categoria




Desde o início do ano um grupo de aproximadamente oitenta motoristas de dez empresas de transporte da Região Carbonífera, vêm se reunindo regularmente para fundar um sindicato que represente a categoria. Segundo um dos principais líderes do movimento pró-fundação, o motorista Rogério Pereira da Silva, da Transportadora Tazay, com sede em Butiá, a criação de um sindicato dos motoristas em nossa região é um sonho de mais de vinte anos que agora está prestes a se tornar realidade. “Os sindicatos a que os motoristas de nossa região estão vinculados não tem representatividade e todos eles têm sede na Região Metropolitana. Os motoristas não sabem nem onde ficam os sindicatos e quem são as diretorias”. Outro argumento apresentado por Rogério para a criação de um sindicato na região é a especificidade das atividades aqui desenvolvidas. “A maioria de nossos motoristas e trabalhadores de empresas de transporte, trabalham ou com a extração de carvão ou com a silvicultura e a exploração de madeira. Temos uma realidade distinta das outras regiões o que faz necessária a criação de uma entidade que nos represente e não só arrecade imposto sindical”.

Com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do professor e Secretário de Agricultura e Proteção ao Meio Ambiente, Everton Pereira, a comissão pró-fundação do sindicato lançou o Edital de Assembléia Geral no último dia 17, que prevê a realização do evento, que deverá contar com motoristas de toda a região, para o dia 27 de maio as 19:30h no Ginásio Municipal em Butiá. A entidade que será chamada pela sigla SINDICARBO, terá o nome de Sindicato dos Motoristas, Condutores de Veículos Rodoviários e Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Carbonífera e terá como base territorial os municípios de Arroio dos Ratos, Butiá, Charqueadas, Minas do Leão e São Jerônimo. Além dos motoristas de todas as categorias, atividades, empregados ou autônomos, o Sindicarbo representará também as categorias profissionais dos operadores de máquinas, tratoristas, condutores de veículos de trabalho agrícola, de construção civil e pavimentação, bem como ajudantes de motoristas e empregados em escritórios de empresas de transportes.

Para Everton Pereira, um dos principais apoiadores da ideia e líder político em Butiá “a mobilização dos motoristas por uma entidade sindical que realmente os representem e lute pelos seus direitos, é uma luta muito mais do que justa. Eles são hoje, a maior categoria profissional da região, responsável por grande parte da riqueza aqui produzida. São mais de R$ 5 milhões que os motoristas da região deixam com seus salários no comércio local mensalmente”. Entre as principais reivindicações da categoria, está a criação de um sindicato com sede próxima a base, melhores condições de trabalho, cursos de formação, assistência médica e jurídica, plano de saúde, sede social para lazer dos associados e convênio com o comércio regional.