domingo, 1 de maio de 2011

A preferência nacional



Por: EVERTON PEREIRA

Semana passada o Datafolha realizou um levantamento em todo o país para saber qual a preferência partidária dos brasileiros. O resultado foi estarrecedor para a oposição que desde o início da chamada “Era Lula” vêm tentando desqualificar o PT. E olha que o partido de Lula, Dilma, Tarso e Paulo Machado já passou por poucas e boas nesta última década. Já enfrentou desde a crise do mensalão (a mais grave de sua história) até a oposição sistemática da grande mídia contra a candidatura de todos os candidatos petistas. E o partido saiu, digamos, ileso. O levantamento do Datafolha, empresa ligada a Folha de São Paulo - um dos maiores adversários do petismo ao lado da Veja - constatou que o Partido dos Trabalhadores é o partido com maior preferência entre os brasileiros, principalmente na classe C, onde se ganha entre três a dez salários mínimos. Nesta classe social, a preferência pelo PT chega a 33%, contra, por exemplo, 6% do PSDB de Serra e FHC.

No levantamento geral, considerando todas as classes sociais pesquisadas, o PT ficou em primeiro lugar com folgados 26% da preferência nacional. Em segundo lugar, bem distante, vêm o PMDB com 6% e em terceiro o PSDB com 5%. Outros 9% foram divididos entre quase vinte partido e 54% dos brasileiros não consideram a legenda na hora de votar - o que ainda é um problema para a democracia, já que os partidos políticos, em tese, deveriam representar o que pensa e que ideologia defende, cada candidato. Por isso a urgência de uma Reforma Política, para que o coletivo e as ideias fiquem acima dos indivíduos e do personalismo, mas esta, é uma outra história para uma outra coluna.

O resultado deste levantamento desfaz o mito, comprado inclusive por alguns “companheiros”, que há um preconceito contra o PT. “Companheiros” que por isso, muitas vezes escondem a estrela e o vermelho para se tornar camaleões de ocasião. Se há preconceito contra o PT, ele vem daqueles que têm medo que mexam em seus interesses. Daqueles que tem medo da reforma agrária, que não querem ver o povão melhorar de vida e entre os patrões com medo do poder dos trabalhadores. Se for assim, é um orgulho “sofrer” este preconceito. Um quarto dos brasileiros a cada dois ano votam no 13, sem medo de preconceito algum.

Para além do meu orgulho petista, sou historiador e aqui falo como tal e com conhecimento de causa. Não há na história brasileira um partido político com tanta força como o PT. Talvez os Partidos Republicanos da República Velha, o velho PTB de Vargas ou o PCB de Prestes, a ARENA e o MDB, ou mesmo o PDT de Brizola tenham exercido um papel importante no cenário político, independente da motivação. Mas nada comparado ao PT de Lula. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a influência do PT atingiu um nível tão grande, que assim como nos dividimos entre gremistas e colorados, os gaúchos dividem-se também entre petistas e anti-petistas. Não é só na força da militância que um partido mostra sua força. Mas também e mais ainda, na ira e no medo de sua oposição.

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