sábado, 17 de abril de 2010

Carta aos Jovens ;-)

Publicado no Butiá Notícias edição 595 de 17/04/2010

Dia 05 de maio encerra o prazo de cadastramento dos eleitores que poderão votar nas eleições de outubro deste ano, quando serão escolhidos “o” ou “a” presidente da República, os governadores dos estados, senadores e deputados estaduais e federais. Os interessados deverão procurar o Cartório Eleitoral. É preciso levar comprovante de residência e documento de identidade com foto. Para quem tiver alguma dúvida, basta acessar o site www.tre-rs.gov.br ou contatar o Cartório de Butiá pelo número 3652 1511.

Pessoal, estou passando estas informações principalmente pra galera que têm entre 16 e 17 anos. Ou seja, quem ainda não é obrigado a votar. A gurizada com 15, que completará 16 até o dia 03 de outubro (dia das eleições) também pode se cadastrar.
Sei que política é tida como algo careta ou “coisa de velho” para a maioria dos jovens. Nesta fase, a turma está mais preocupada com balada, “azaração”, música, esporte, moda e internet. Para piorar, muitos políticos dão “uma mãozinha”, se metendo em falcatruas, Fazendo da política um meio de se dar bem à custa do dinheiro do povo. Se assim fica difícil até para um adulto levar a coisa a sério, imaginem para um jovem?

Como se muda isso? É simples. Basta ver a política por outro ângulo. Ela pode sim ser chata, coisa de coroa ou de ladrão. Mas depende de todos e principalmente de vocês jovens iniciar a mudança. Martin Luther King dizia que o quê o preocupava não era o barulho dos maus, mas o silêncio dos justos. Para cada homem ou mulher honesto fora da política, haverá uma vaga para um tramposo e corrupto. O negócio é meter a cara mesmo. Se a gente desistir, já era.

Galera, a política pode ser algo positivo, do bem. Revolucionária. Rebelde. Algo que nos dá uma identidade e nos torna construtores da história. Foi assim que eu sempre a vi. Desde muito jovem me interessei por ela. A inspiração ia desde as letras de protesto dos hardcores, punk rocks, raps e metal que eu ouvia direto, até as aulas de história de professoras como a Mônica e a Bárbara (tanto que hoje, sou formado em história). Nada menos que mudar o mundo era minha meta. Sempre precoce, com 15 anos já mantinha contato com o pessoal do Partido Comunista do Brasil (PC do B). No qual me filiei no mesmo dia em que tirei meu título de eleitor aos 16 anos. Faço aniversário em 03 de outubro e meu primeiro voto no professor Ademir para prefeito e no meu então camarada de partido Nelson Flores para vereador, foi uma espécie de presente. Em 1999 deixei o PC do B por motivos programáticos e ingressei no Partido dos Trabalhadores. Minha opção sempre foi pela esquerda, pelos pobres. Pelo lado da política que acredita que outro mundo, mais igualitário e justo, é possível. O pessoal da direita se contenta com o mundo como ele é e não gosta de grandes mudanças. Mas faz parte, deve haver lugar para todos os tipos de pensamentos.

Escrevo tudo isso não para dizer que vocês, jovens, devam se filiar a um partido ou se candidatar a um cargo político, embora seja legal pensar assim. Tirar o título e escolher entre os melhores candidatos já é um baita passo. Façam como se eles estivessem pedindo um estágio ou emprego a vocês. Analisem o currículo, a vida, as propostas destas pessoas. Não vendam ou troquem seu voto. Quem compra, também tem preço.

O futuro nasce a cada dia e ele pertence não a “velha guarda”, mas à “jovem guarda”. O pessoal mais velho contribui com a experiência, mas é hora de mudar, de inovar. De trazer novas ideias e visões para a política. Para torná-la melhor. Atualizada. Moderna. Com a cara do futuro. A cara do povo jovem.

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