Publicado no Butiá Notícias edição 596 de 23/04/2010
A internet e em especial as redes sociais, estão mudando a forma como as pessoas se comunicam, trabalham, se relacionam e se divertem. Mas muitas são as vozes contra o Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Mypace, entre tantos outros além dos blogs. Somente o Facebook, líder mundial isolado das redes sociais, teve um total de 430 milhões de visitantes em 2009. No Brasil, o mais popular ainda é o Orkut. As críticas a esta nova “febre de internet” baseia-se principalmente na tendência ao isolamento social que supostamente os usuários acabam por desenvolver. Na Austrália, por exemplo, o tempo gasto nas tais redes é em média de 7 horas diárias por usuário. No Brasil este número cai para 4 horas. Além de viver numa espécie de “mundo virtual” as redes, mais especificamente, retirariam o tempo de sociabilização real e limitam o uso da internet a conteúdos supérfluos.
Concordo em parte com praticamente todas as críticas a estes instrumentos virtuais de comunicação e “relacionamento”. Podem sim ter um forte viés alienante, individualista, consumista e até mesmo correm o risco de serem usados de maneira ilegal e patológica, como é o caso da pedofilia por exemplo. Por outro lado, assim como tudo feito por nós mortais, há dois lados nesta história. Já dizia um antigo provérbio zen que cada homem tem dois cães dentro de si. Um é amigo, leal e companheiro e o outro, raivoso e traiçoeiro. Depende daquele que alimentamos mais.
Opto por alimentar meu cão amigo. A internet com seus sites, blogs, redes sociais e e-mails nos trouxe um mundo de conexão. Nunca em toda a história da humanidade tivemos tanto acesso a tanta informações e o que é melhor, nós podemos gerar e disseminar também as nossas próprias informações e consequentemente nossas ideias. Com características que beiram o anarquismo (no sentido sociológico), temos liberdade de transitar por todos os países, línguas e culturas sem fronteira alguma. O próprio Estado acaba por perder o controle e o indivíduo vira o senhor de suas ideias. Exceto em algumas aberrações totalitárias como é o caso da China.
Na intenção de dar minha contribuição neste espaço ilimitado de liberdade e criação, além de ser usuário do Orkut, MSN e mais recentemente aderir ao Twitter e ao Facebook, resolvi criar um blog. Chama-se, assim como o título desta coluna Galope Soberano e pode ser acessado através de http://evertonpereirablog.blogspot.com/. O nome faz referência a uma canção de Zé Ramalho chamada “Canção Agalopada” que diz “eu prefiro um galope soberano, à loucura do mundo me entregar”. Nele falo livremente de tudo que me interessa. Convido todos a conferir, deixar comentários, críticas e sugestões. É para isso que a internet existe: para expressar nossa liberdade e cidadania de forma democrática e ilimitada.
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