sábado, 8 de maio de 2010

Um ótimo domingo para todas as mães



Publicado no Butiá Notícias, Edição 598 de 07 e 08 de maio de 2010

DUAS (DAS) MÃES

Mãe, falar delas em prosa dificulta
(Por isso optei pelo “poema”).
Em verso talvez fique mais fácil, adequado.
Mudo o texto, alterno na forma
Faço versos para todas elas.
A mãe jovem, madura, a mãe presente e a ausente.
A Mãe Terra, as mães santas e de santos.
Escrevo também e mais ainda, para duas delas.
Aquela que ontem me gerou, criou
Fez de mim o homem, bem ou mal, que hoje sou.
Que deu carinho, educação, consolo, laço.
Minha mãe sempre foi mais amiga, (muito) mais que mãe.
Sempre presente, nunca distante – a confidente.
Algumas palmadas, poucas lágrimas e muito amor.
A outra, dá carinho, amor, paixão, juventude.
Dá um filho presente no ventre.
A menina de ontem vira a mãe de hoje.
A barriga cresce (mais linda) a cada dia - apesar dos enjôos.
E o filho vai virando pai, não só marido e amante.
A mãe, a outra, vira avó e a mulher, esta, vira mãe.
Bendito somos o fruto entre elas neste processo.
Duas mães, um pai, eu.
De um lado filho do outro marido.
Mãe sempre será mãe
Mesmo quando eu próprio for avô
Presente tu estarás comigo, (para) sempre.
Com teu sorriso, simplicidade, amizade.
Mesmo quando avô eu for dos teus netos
Nós dois velhos amantes
Tu sempre mãe, mulher, a outra já avó.
Mãe de meus filhos ou filhas
Mãe de meus netos.
Mãe também a outra, de seus bisnetos.
Duas mães, um filho e um marido.
Tudo isso não cabe num dia só.

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