domingo, 10 de abril de 2011

Tarso e a educação



Por: EVERTON PEREIRA
Em: Butiá Notícias (01-02/04/2011)

Há 10 anos os profissionais da educação não recebiam uma proposta de ganho real por parte do Governo do Estado como ocorreu na última semana em reunião entre o CPERS/Sindicato e os secretários Carlos Pestana da Casa Civil, José Clóvis da Educação e Stela Farias da Administração. A proposta de reajuste de 10,91% sobre o básico do Magistério comprova a vontade do Governo Tarso de iniciar um novo patamar de relação entre o estado e a categoria. Este percentual representa um ganho real em relação a inflação de 2010 de quase 5%. Com a revisão da proposta inicial que era de 8,5% para os 10,91%, o governador demonstra capacidade de negociação e flexibilidade, o que nunca fez parte da maneira autoritária que ex-governadora Yeda Crusius tratava a relação entre o seu governo e o funcionalismo, em especial o Magistério. O governo do PT, eleito com a promessa de avançar nos salários dos professores até atingir a principal meta que seria o piso nacional, propôs um Pacto pela Educação. Estado, servidores e sindicato passariam a trabalhar juntos por condições melhores tanto na questão da reversão da perda salarial como também na qualidade do ensino da rede pública estadual.

A boa vontade de Tarso é clara. Com apenas 90 dias de governo a nova forma de se tratar o funcionalismo público salta aos olhos. Não é mais de caso de polícia, como foi a marca do governo anterior. Por se tratar de um governo comandado por um partido que sempre teve na defesa dos servidores públicos uma de suas principais bandeira de luta, é esperado que haja tal guinada para o diálogo. Mas mesmo assim a categoria deve se manter unida e crítica. Sem pressão não há transformação! O CPERS/Sindicato está de parabéns pela forma com que sua presidente Rejane de Oliveira, apesar de companheira de partido do governador, está sabendo manter a necessária distância entre os interesses do governo e os interesses da categoria.

As 17 reivindicações apresentadas pelo sindicato foram acatadas pelo governador. Entre elas estão a manutenção dos atuais planos de carreira de profissionais e agentes educacionais, a não implantação da meritocracia que imprimiria um caráter mercadológico na educação, a realização de concurso público até o fim de 2011, o fim dos contratos emergenciais, a garantia de gestão democrática nas escolas e a anulação dos descontos de pagamento dos dias de greve de 2008 e 2009, entre outros itens. Para mostrar a força dos profissionais da educação e a unidade da categoria é importantíssimo a presença do maior número possível de professores na Assembléia Geral que acontecerá no dia 08 de abril as 13:30 horas no Gigantinho. O sindicato disponibilizará ônibus para os interessados. Somente com a união dos educadores as promessas de campanha se tornarão realidade e para isso a mobilização é imprescindível. Boa luta colegas!

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