quinta-feira, 9 de junho de 2011

Secretário Everton Pereira esclarece acusações de distribuição de pesquisa sem procedência

ENTREVISTA CONCEDIDA AO JORNAL BUTIÁ NOTÍCIAS QUE ESCLARECE AS ACUSAÇÕES CONTRA MIM EM RELAÇÃO A SUPOSTA "DISTRIBUIÇÃO" DE PESQUISAS...

BN: Secretário, como o senhor explica a acusação de parte dos vereadores de que o senhor estaria distribuindo pesquisa eleitoral sem procedência na Câmara de Vereadores e em outros locais, como para os servidores da Prefeitura?

Everton Pereira: O que houve de fato foi que na manhã do dia 26 de maio, antes de seguir viagem para São Jerônimo onde fui participar de um programa na rádio daquela cidade sobre a criação do Sindicato dos Motoristas, fui até o gabinete do prefeito onde o Chefe de Gabinete me mostrou a suposta pesquisa que ele havia encontrado no gabinete quando chegou. Pedi para ele a folha emprestada para tirar uma cópia para que eu pudesse analisar o documento com mais calma. Fui até minha sala e tirei duas cópias da suposta pesquisa na presença de minha estagiária com a qual inclusive comentei o ocorrido. Devolvi o original ao Chefe de Gabinete e fui até a Câmara de Vereadores falar com o vereador Guilherme Machado, que na noite anterior havia me ligado pedindo que eu fosse cedo falar com ele em seu gabinete. Como ainda era cedo, a porta da Câmara estava fechada, mas havia alguns servidores na recepção. A assessora do vereador Eliseu abriu a porta e eu me dirigi até a sala do vereador Guilherme. Ao passar pela sala do vereador Eliseu Andrin deixei uma cópia da suposta pesquisa debaixo da porta, pois não quis entregar diretamente a sua assessora pois havia pessoas próximo a ela e achei prudente que outras pessoas não vissem o tal papel. Como o vereador Guilherme ainda não havia chegado, conversei rapidamente com seu assessor e retornei a Prefeitura. A outra cópia da suposta pesquisa, que eu iria aproveitar a oportunidade e mostrar também ao vereador Guilherme, levei comigo no bolso, mas na saída da Câmara, acabei perdendo-a no corredor e fiquei sem nenhuma cópia. Só fui me dar conta que havia perdido minha cópia quando já estava em viagem para São Jerônimo. O que houve foi isso, tirei duas cópias, uma deixei para o vereador Eliseu, e a outra acabei perdendo no corredor da Câmara. E deixei o papel para o vereador Eliseu com o intuito de informá-lo, como vereador que faz parte da base do governo, do que estava ocorrendo, já que inclusive a suposta pesquisa citava também seu nome.

BN: E quanto a acusação de que o senhor estaria distribuindo a pesquisa para servidores no pátio da Prefeitura?

EP: Quero que provem! Que me apresente apenas um dos quase 600 servidores municipais para o qual eu tenha entregue a suposta pesquisa. O que fiz foi tirar duas cópias e deixar uma delas ao vereador Eliseu para que ele ficasse ciente do ocorrido. Esta acusação de distribuição da pesquisa não se sustenta por falta de provas e também pelo simples fato de que, quando sai da Prefeitura em direção a São Jerônimo, por volta das 9 horas da manhã, como tinha compromisso também na manhã da sexta-feira, só retornei a Prefeitura na tarde da sexta 27, quando todo mundo já sabia da tal pesquisa.


BN: Ao que o senhor atribui então tal acusação?

EP: Em primeiro lugar é preciso que o leitor saiba que eu já fui Diretor Administrativo da Câmara de Vereadores e como estou seguidamente lá, sei da existência de câmeras de segurança em praticamente todas as salas. Eu jamais faria algo supostamente “errado” ou “escondido” sabendo que estava sendo filmado. Em segundo lugar sabemos como funciona a lógica da política. O que houve foi a supervalorização de um fato e a distorção do que realmente ocorreu. Isto de distribuir documentos com conteúdo e acusações falsas, inclusive sobre a vida pessoal de políticos, já ocorreu muitas vezes na cidade. Até um jornal, em vésperas de uma eleição, publicou uma pesquisa falsa dando uma larga vantagem a um candidato que acabou perdendo nas urnas. Tudo isso aconteceu, passou e ninguém deu muita relevância. Mas como estamos trabalhando, mostrando serviço através da Secretária de Agricultura e Proteção ao Meio Ambiente, temos um grande apoio de nossas ações por parte dos produtores e da comunidade e agora acabei de contribuir na fundação de um sindicato que terá mais de mil trabalhadores em sua base, tudo isso nos coloca “na vitrine” e infelizmente é “natural” que alguns queiram puxar o tapete com a distorção e supervalorização de fatos.

BN: O senhor tem ideia da origem desta suposta pesquisa e seu conteúdo?

EP: Acredito ser mais um dos exemplos que citei anteriormente. Não creio que o conteúdo daquele papel seja verdadeiro. Houve uma supervalorização intencional. Não podemos dar tanto valor para algo anônimo, coisas de aloprados. Até porque nos igualamos a eles. Isso tudo só serviu para gerar polêmica, fofoca e tirar nosso foco do trabalho.

BN: Como senhor explica o fato de seu colega de partido, ter sido o parlamentar que mais dirigiu críticas e acusações ao senhor na sessão que aprovou o Requerimento, inclusive tendo pedido sua demissão, juntamente com outros membros do PT, ao prefeito Paulo Machado?

EP: Em respeito e lealdade ao meu partido, a nosso presidente, ao prefeito e ao Governo Municipal, prefiro não responder esta pergunta.

BN: O senhor teria mais alguma coisa para falar em relação a este fato?

EP: Quem me conhece e acompanha meu trabalho sabe quem eu sou. O prefeito sabe quem eu sou. Embora respeite e apóie o papel do Poder Legislativo de fiscalizar o Executivo, creio que deveríamos trabalhar mais na construção de projetos e não perder tanto tempo com brigas e fatos que no fundo só tem como motivação a disputa política. Tudo isso já está antecipando as eleições de 2012. Para se ter uma ideia, graças a este infeliz evento, perdi uma semana de trabalho tendo que dar explicações para algo que fui injustamente acusado, não podendo me dedicar como gostaria, por exemplo, na organização da Semana do Meio Ambiente.

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