segunda-feira, 23 de maio de 2011

A importância dos motoristas para o desenvolvimento



Por: EVERTON PEREIRA

Devido a vocação de Butiá e região para o cultivo de florestas exóticas e a mineração de carvão, uma das categorias profissionais que mais cresceu nas últimas décadas, impulsionada pela expansão destas atividades econômicas, somada a existência do Aterro Sanitário da SIL em Minas do Leão, foi a de motorista. Somente em Butiá, ligados a cadeia produtiva da silvicultura e da extração do carvão mineral, são mais de mil motoristas. Na Região Carbonífera, considerando também os motoristas autônomos e aqueles ligados ao transporte de outras mercadorias que não a madeira e o carvão, o número de caminhoneiros ultrapassa os quatro mil. Se considerarmos os trabalhadores necessários para manter estes caminhões nas estradas e os motoristas dirigindo, como borracheiros, mecânicos e profissionais administrativos das empresas de transporte, este número aumenta consideravelmente. Tanto na atividade carvoeira, quanto no plantio e corte das florestas de eucalipto, acácia e pinus, podemos incluir como viabilizadores do trabalho dos motoristas, seu auxiliares e também operadores de máquinas, de empilhadeiras e tratoristas. Da mesma forma na crescente produção de soja e arroz, o número de condutores de equipamentos para execução de trabalho agrícola cresce consideravelmente em toda a região.

Com uma média salarial de R$ 2 mil por indivíduo, os motoristas (não considerando aqui os outros profissionais já citados) contribuem com seus salários para aquecer a economia e o comércio de Butiá com mais de R$ 2 milhões mensais. Na região este valor ultrapassa os R$ 5 milhões. Mas além de operadores, mecânicos, borracheiros e trabalhadores administrativos, a chamada “cadeia produtiva do caminhão” envolve também profissionais ligados aos Centros de Formação de Condutores (CFC) e os respectivos impostos pagos por estas entidades. Somente em Butiá, o CFC Modelo em nove anos de atuação já concedeu 2.600 carteiras de habilitação das categorias profissionais C, D e E - com uma média de 24 carteiras profissionais mensais. Além de já ter contribuído através de impostos sobre prestação de serviços (ISS) com mais de R$ 200 mil para os cofres municipais. Em uma cidade e região com forte vocação caminhoneira como a nossa, a existência de um CFC é estratégico para a qualificação e profissionalização da categoria.

Dito isto, não nos resta dúvida da importância da categoria dos motoristas e dos trabalhadores nas empresas de transporte para fazer girar a roda do desenvolvimento econômico e social da Região Carbonífera. Mas uma lacuna, um débito social ainda persiste para contemplar este setor que é estratégico para fazer chegar a nós a comida e as mercadorias vindas de todo o Brasil: um sindicato. Para reconhecer a importância dos motoristas e dar maior dignidade a estes bravos trabalhadores do asfalto, falta a criação de um sindicato regional que represente verdadeiramente seus interesses. Um sindicato que defenda os trabalhadores e seus familiares. Que esteja presente! Um sindicato que possa cobrar dos patrões e do poder público melhores condições de trabalho, como, por exemplo, a falta de local adequado para estacionar os veículos. Um sindicato como este que está prestes a nascer e que terei o orgulho de fazer parte do “parto”. Convido todos os motoristas e trabalhadores das empresas de transporte para juntos fazermos história. Para juntos criarmos o SINDICARBO. Nos vemos todos em Butiá, na próxima sexta-feira dia 27 as 19:30h. Boa luta e sucesso!

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